Artigo “Les Faux Amis”
Les Faux-Amis (Falsos Cognatos)
“Faux Amis” é um termo que significa literalmente “Falsos Amigos” e se refere a palavras de línguas diferentes que tem uma origem comum e portanto apresentam uma escrita parecida, mas que não necessariamente significam a mesma coisa. O que significa que nos dão a impressão de que sabemos o que elas significam, quando na verdade, elas querem dizer outra coisa totalmente diferente.
O conceito de falsos amigos foi estabelecido em 1928 pelos linguístas franceses Maxime Koessler e Jules Derocquigny no livro “Les Faux-Amis ou Les trahisons du vocabulaire anglais.” (Falsos Amigos ou As Traições do Vocabulário Inglês”.
Esse conceito tem como base o estudo dos Cognatos, que são palavras que têm, etimologicamente, uma origem comum. Frequentemente, o termo é utilizado para destacar pares de palavras de duas línguas que têm origem comum, escritas idênticas ou semelhantes, mas que evoluíram de forma diferente, total ou parcialmente, quanto ao significado.
A palavra cognato vem de cog (com) +nato (nascido), ou seja, palavras que têm a mesma origem, mas que por razões semânticas (de significado) adquiriram outro sentido. Sendo o francês e o português línguas com a mesma origem (Latin), muitos pares de palavras podem parecer serem a mesma coisa e na verdade serem outra: os falsos cognatos.
Vamos aos exemplos:
“Cochon e Colchão”
Se tentarmos por exemplo falar a palavra “colchão” com um sotaque francês, ela vai soar algo como “cochon”. Mas ela é “falso amigo”, pois parece que estamos traduzindo a palavra quando na verdade ela tem um significado totalmente diferente: porco. Neste caso, dependendo da situação, o colchão pode virar um porco, e nos causar algum mal-entendido.
Treinando a “compréhension orale” (compreensão Oral):
“Dehors, les yeux des animaux allaient du cochon a l’homme et de l’homme au cochon, et de nouveau du cochon a l’homme mais déjà il était impossible de distinguer l’un de l’autre.” (La Ferme des Animaux, George Orwell)
“Do lado de fora, os olhos dos animais iam do porco ao homem e do homem ou porco, e de novo do porco ao homem mas já era impossível de distinguir um do outro.” (A Revolução dos Bichos, George Orwell)
Exemplo 2:
Bâton e Batom! Em francês a palavra “bâton” tem um significado totalmente diferente da palavra em português “batom”. “Bâton” significa “bastão”, e é usado para gravetos pequenos paus de madeira, e objetos com formas parecidas, literalmente como “bastão” em português. E para dizer “batom” em francês se usa “rouge à lèvre” o que significa literalmente “vermelho de/para lábio”.
Treinando a “compréhension orale” (compreensão Oral):
Un rouge à lèvres est essentiellement composé d une pâte grasse dans laquelle sont dispersés des pigments et des laques.
Um batom é essencialmente composto de uma massa gordurosa na qual são dispersados pigmentos e laquês.
Il s’est muni d’un bâton pour l’aider à marcher.
Ele se muniu de um bastão para o ajudar a andar
Deixe uma resposta